O atual envelhecimento global é um processo sem precedentes, previsível e perfeitamente viável: não é nenhuma crise. As pessoas, de um modo geral, com poucas exceções, agem como se essa importante alteração demográfica, com suas enormes implicações econômicas e sociais, pudesse ser colocada à margem nos debates do bem estar social. O idoso ainda é muito desrespeitado em Atibaia.
O termo velho está associado à pobreza, à dependência e à incapacidade, já a terceira idade, indica os velhos aposentados, porém, dinâmicos, respeitados. Cada sociedade constrói a imagem da velhice de acordo com os valores que compõem a sua própria identidade. É grande a preocupação de vários segmentos da sociedade com o crescente envelhecimento social, processo esse freqüentemente lento, que leva à progressiva perda de contatos sociais.
Para além de meras reflexões sobre o problema não podemos mais manter o olhar na velhice como fato consumado de exclusão, por fator biológico ou por fator precoce, por conta de um mercado de trabalho preconceituoso e ‘míope’, que fixa patamares de 40 ou 50 anos para o fim da etapa produtiva do trabalhador. É necessário também abandonar a visão puramente assistencialista dos projetos e programas voltados a essas faixas etárias, pois elas, apesar de necessárias em algumas situações instituições asilares, ações médico/geriátricas, aposentadorias, por exemplo; em vez de proporcionarem um melhor padrão de vida a quem sempre trabalhou, resultam em perda da sociabilidade, quando não em ‘morte social’ motivada por uma sociedade totalmente alheia e despreparada para a questão. Somos idosos não somos inúteis
Atualmente, há uma tendência para o uso difundido dos termos como terceira idade, o jovem de ontem e melhor idade, entendidos como maneiras de se camuflar a velhice ou torná-la mais jovem, atendendo a certos interesses capitalistas como o de vender serviços de lazer e criar mercado para certos produtos específicos. A lei os trata como Idosos (Estatuto do Idoso).
Desse modo, tendo em vista que o número de pessoas de faixa etária acima de 60 anos aumenta significativamente em todos os países do mundo, faz-se necessário maiores estudos e pesquisas, que possibilitem a viabilização de recursos que proporcione a esta população, cuidados e atitudes mais saudáveis, a partir dos interesses desses indivíduos.
Senhoras e senhores dos RH das empresas de Atibaia, pensem com carinho, e convençam seus superiores hierárquicos, diretores das empresas onde trabalham a encarar esta realidade e contratar idosos capazes para os diversos cargos e funções, que vocês limitam a faixa etária para os candidatos. Estão perdendo um tempo enorme entrevistando pessoas com, provavelmente, menos experiência e qualidade laborativa.
Uma nova visão do trabalho, do papel produtivo do idoso, da cultura e do poder local proporcionará uma nova leitura da crise do sistema capitalista. Só não enxerga quem não quer.
Jovens pensem bem, um dia vocês serão idosos, quem sobreviver verá, será e sentirá.
VELHO É O PRECONCEITO
Feliz Natal e um 2014 livre de preconceitos.
Wilson Brinkmann
Idoso no mercado de trabalho
O atual envelhecimento global é um processo sem precedentes, previsível e perfeitamente viável: não é nenhuma crise. As pessoas, de um modo geral, com poucas exceções, agem como se essa importante alteração demográfica, com suas enormes implicações econômicas e sociais, pudesse ser colocada à margem nos debates do bem estar social. O idoso ainda é muito desrespeitado em Atibaia.
O termo velho está associado à pobreza, à dependência e à incapacidade, já a terceira idade, indica os velhos aposentados, porém, dinâmicos, respeitados. Cada sociedade constrói a imagem da velhice de acordo com os valores que compõem a sua própria identidade. É grande a preocupação de vários segmentos da sociedade com o crescente envelhecimento social, processo esse freqüentemente lento, que leva à progressiva perda de contatos sociais.
Para além de meras reflexões sobre o problema não podemos mais manter o olhar na velhice como fato consumado de exclusão, por fator biológico ou por fator precoce, por conta de um mercado de trabalho preconceituoso e ‘míope’, que fixa patamares de 40 ou 50 anos para o fim da etapa produtiva do trabalhador. É necessário também abandonar a visão puramente assistencialista dos projetos e programas voltados a essas faixas etárias, pois elas, apesar de necessárias em algumas situações instituições asilares, ações médico/geriátricas, aposentadorias, por exemplo; em vez de proporcionarem um melhor padrão de vida a quem sempre trabalhou, resultam em perda da sociabilidade, quando não em ‘morte social’ motivada por uma sociedade totalmente alheia e despreparada para a questão. Somos idosos não somos inúteis
Atualmente, há uma tendência para o uso difundido dos termos como terceira idade, o jovem de ontem e melhor idade, entendidos como maneiras de se camuflar a velhice ou torná-la mais jovem, atendendo a certos interesses capitalistas como o de vender serviços de lazer e criar mercado para certos produtos específicos. A lei os trata como Idosos (Estatuto do Idoso).
Desse modo, tendo em vista que o número de pessoas de faixa etária acima de 60 anos aumenta significativamente em todos os países do mundo, faz-se necessário maiores estudos e pesquisas, que possibilitem a viabilização de recursos que proporcione a esta população, cuidados e atitudes mais saudáveis, a partir dos interesses desses indivíduos.
Senhoras e senhores dos RH das empresas de Atibaia, pensem com carinho, e convençam seus superiores hierárquicos, diretores das empresas onde trabalham a encarar esta realidade e contratar idosos capazes para os diversos cargos e funções, que vocês limitam a faixa etária para os candidatos. Estão perdendo um tempo enorme entrevistando pessoas com, provavelmente, menos experiência e qualidade laborativa.
Uma nova visão do trabalho, do papel produtivo do idoso, da cultura e do poder local proporcionará uma nova leitura da crise do sistema capitalista. Só não enxerga quem não quer.
Jovens pensem bem, um dia vocês serão idosos, quem sobreviver verá, será e sentirá.
VELHO É O PRECONCEITO
Feliz Natal e um 2014 livre de preconceitos.
Wilson Brinkmann